Sementeiras e Colheitas
Emmanuel
Semear, em sentido extenso, não é tão-somente arrojar semente à terra. É, também, produzir. E, compreensivelmente, cada criatura recebe, com a própria vida, um campo a lavrar.
Muito estranho, desse modo, viéssemos a recolher instrução apenas para nos convertermos em mostruários de legendas culturais ou guardar o dinheiro, de maneira infrutífera, para transfigurar-nos em cofres inteligentes.
Todos os recursos do Universo são talentos que a Divina Providência nos empresta pela carteira da confiança, em regime de empréstimo, visando ao correto rendimento dos valores da vida.
Por essa razão, há celeiros e celeiros.
Se o lavrador armazena cereais o sábio entesoura conhecimentos, desde que se disponham a desentranhar as próprias energias na execução das tarefas em que foram localizados.
Não há dispensas para ninguém na gleba do mundo.
Há plantações de exemplos como há lavouras de batatas. E há melhoria, valorização, readaptação e promoção de servidores nos institutos de progresso do Espírito, quais as que encontramos nas organizações terrestres vinculadas a serviços de natureza múltipla.
Se o cultivador do solo se desincumbe da obrigação que se lhe atribui, enriquecendo a própria competência, habilita-se a receber encargos de orientação em postos mais elevados, sucedendo o mesmo com a atividade de essência espiritual.
Dever cumprido é via de acesso a responsabilidades maiores.
Em todos os setores das vocações, profissões e posições há quefazeres no bem geral, equivalendo isso a sementeiras e colheitas. O tempo é o juiz que seleciona, define e marca a produção.
Espinheiros estendem espinheiros, trigo espalha trigo, simpatia forma simpatia, cooperação rende cooperação.
À vista disso, é preciso compreender que todos nós, na leira da vida, recolhemos, multiplicadamente, apenas aquilo que colocamos dentro dela.
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Johann W. Goethe em “Torquato Tasso, act. IV, es. 4”: Ein Tag der gunst ist wie ein Tag der ernte; man muss geschäftig sein sobald sie reift. O dia feliz é como o dia da colheita. Enquanto o trigo está amadurecido, é preciso colhê-lo.
Livro: “Escrínio de Luz” – Psicografia: Francisco Cândido Xavier – Pelo Espírito Emmanuel – Página 12
Courty em “Penseés et pensées:
“L´homme ne sait blen qu´il a éte hereux que borsquíl erre les ruine de son bonheur écrou-lé”!
O homem não percebe que foi feliz até que começa a vagar entre as ruínas de sua felicidade desmoronada.
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